sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Narrativas, percepções e pretensões!

Após terminar de escrever dois curtas que já estão em fase de preparação e caminhando para a pré ? produção, eu estou decidido a escrever algo diferente, não sei se um longa ou um média, ou até mesmo um curta, mas gostaria muito de testar novas formas narrativas, encontrar novas percepções que façam muito bem uso do termo Áudio Visual, que não seja nada linear e mastigadinho, mas algo aberto a interpretações como uma boa poesia.

Uma das coisas que acho importante em uma obra, seja ela literária, audiovisual, musical ou o raio que o parta, é a interpretação e como ela fala conosco e como desvendamos os seus signos e chegamos a uma conclusão, que talvez não tenha sido a inicial do autor, mas a verdade é uma só: o autor não tem domínio sobre a cria.

Meu processo criativo resume-se basicamente em criar a estrutura, o ambiente e os personagens, e o resto acontece, acontece? Como assim? Simples, eles se desenvolvem sozinhos, sou incapaz de controlá-los eles seguem uma direção errada e sou incapaz de redireciona-los, é como um filho maior de idade o qual não podemos controlar.

E só consigo trabalhar dessa forma, recebi a proposta de escrever um curta para um amigo, ele me passou a sinopse e comecei a rascunhar algumas coisas, mas o personagem estava rebelde, não saia do lugar, queria ficar parado e não fazer nada. Fiz a única coisa que podia, puni ele simplesmente partindo para outra, ele já se transformou, agora irei usá-lo para outra coisa...

Agora qual seria a reação do publico a personagens multi facetados? A cenas desconexas? A um enredo que inconscientemente exige uma interação do espectador? Sinceramente não sei, mas quero escrever algo assim, e viver essa experiência...

Mas que pretensão!

Um comentário:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.