segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Diario Muita Luta 3.

Galera, saiu um esboço do possível logo do Documentário, será usado em algum material de divulgação e tal, a DC Arts não me autorizou a publicá-lo, mas achei que está ficando bem legal, e espero que todos gostem.

Além de em breve um HotSite, cheio de novidades.

Diário Muita Luta 2.


O Primeiro Teaser Poster.
Matéria Jornal Cidade de Rio Claro-SP:

Diário Muita Luta 1


Dia 06 de Fevereiro de 2009.

No dia que começaram os trabalhos do documentário, uma baixa, estávamos sem nosso diretor de fotografia, e a nossa produtora Ana Cristina Dacol não titubeou: “Você faz Cris...Não temos tempo e orçamento para pensarmos em outras opções!”. Nessa pegada já dava para ver a urgência, chegamos em São Paulo bem cedo, por volta das seis da manhã, depois de boas duas horas exatas de viagem, foi cansativo mas o café da manhã reforçado repôs as energias.

Pedi para a Ana, o Elton, nosso cinegrafista, dormirem, e meu irmão Alain também, já que gostaria que todos estivessem com força total para os trabalhos, que seriam pesados. Durante esse tempo livre que tive, nem sequer pensei em me desligar dos trabalhos, comecei a rascunhar o meu planejamento, já que sempre estivera acostumado com um roteiro pré elaborado, e no documentário não existe bem isso.

Duas coisas me deixaram um pouquinho chateado no dia, a primeira foi que eu esqueci o teaser pôster que estava belíssimo e me esforcei bastante para te-lo pronto até o dia da viagem, para entregar pelo menos um ao Bob Jr e a segunda coisa, foi que bateram no pobre carro, foi um arranhão ali, um amassado aqui, mas nada de grave, ainda bem, o pior: meu carro estava estacionado. Se fosse algo para me desanimar ou me tirar do foco, não deu certo, pois eu já estava imerso no projeto.


Ana (Produtora), Bob (BFW), Braghetto (Juiz de futebol), Cristen (Diretor).

O passo seguinte foi uma reunião que eu e minha produtora teríamos com o Bob Jr, lutador talentoso e que sou fã, além de filho do saudoso Bob Léo, te-lo como principal contato em São Paulo foi uma honra sem tamanho. A reunião seria no circo escola Tatuapé, penamos para achar, mas deu certo. Chegando lá, frente a um dos meus ídolos da Luta Livre nacional, procurei manter-me impassível e discutimos bastante.

A primeira coisa que percebi é que o Bob é um cara aberto a novas idéias e além de uma excelente pessoa e um lutador da mais alta técnica e elegância, entende muito, mas muito mesmo de Luta Livre. É um cara que joga aberto, sem rodeios e me deu total liberdade para fazer o filme do jeito que eu achasse mais adequado, a única exigência: “Tratar com respeito e responsabilidade a Luta Livre”.

Dia 07 de Fevereiro de 2009

Entrevista na AllTV.

Acordei cedo e tomei um café da manhã generoso, ficamos um bom tempo na noite anterior testando a filmadora, e conversando bastante como deveria ser o processo de captação, analisei as informações que o Bob havia me passado, e deixei muito para as surpresas que teria, e sei que seriam muitas.

Fomos eu, Ana e Elthon, o cinegrafista, para a AllTV, onde gravaríamos o programa BFW Combate, onde um dos temas seria o documentário, fomos extremamente bem recebidos, tanto pelos apresentadores Bob Jr., Marcos e Igor, quanto pelo pessoal da AllTV, que nos deixaram extremamente confortáveis. Lá, pude em pouco mais de uma hora de programa, expor algumas das minhas intenções com o documentário e tive um bom feedback dos fãs de wrestler que entraram em contato comigo.

Sem um minuto de folga, saímos dos estúdios da AllTV e fomos para a cidade de Aruja, onde teria um evento e iríamos começar os nossos trabalhos por lá. Desde o primeiro milésimo de segundo que chegamos e após configurarmos a cam, partimos com ânsia em busca de boas cenas e momentos...Conseguimos, mesmo com algumas dificuldades.



Talvez a maior dificuldade que teremos, será mesmo o áudio, já que as condições são de extremas dificuldades, tendo em vista que por ser um evento que atrai publico, o som (dos Dj’s) muitas vezes está alto demais, prejudicando cenas de backstage. No próximo evento, teremos um maior cuidado na composição de som, pois teremos um engenheiro de som e tentarei um acordo que possibilite a otimização do meu trabalho, sem prejudicar o próximo.

O Show rolou bem demais, mesmo com uma forte chuva que prejudicou a vinda do público, quem esteve no Ginásio Mario Covas não se decepcionou e vibrou muito. A primeira luta foi um come coesa, gerando um estilo às vezes divertido, por outra técnico e num mesmo instante impactante.


Essa luta foi entre a Caveira Kilinger e o Caipira Dom Afonso vs Sonic e O Vira Lata, um encontro de gerações, a legendária caveira Kilinger é hilária e mexe bem com o público, mas quando bate, bate firme e com consistência, o Caipira além de uma figura dócil, amável nos bastidores, é um ícone indiscutível da nossa Luta Livre, um caipira que aprendeu a malandragem de São Paulo e prefere ser um vilão abusado, ranzinza e muito, muito técnico, mesmo com muitos anos de luta, o cara dá o máximo de si e é um dos maiores showman’s do nosso querido esporte de entretenimento.

Sonic lembra e muito os mexicanos, é hábil nas cordas e ágil, tem uma empatia com a garotada e é um futuro interessante para a luta livre, já o Vira Lata é um cara que tem uma presença fenomenal, e bastante técnico, foi um ótimo começo, minha produtora executiva deixou de lado os pudores de seu cargo e vibrou pra caralho nessa luta.

A segunda luta é um episódio a parte, os meninos da FILL (Federação Internacional de Luta Livre) vieram do Rio para o programa e estão em uma batalha daquelas, ganharão a chance e não desperdiçaram, mandaram bem no ringue, embora eu sinta falta de uma certa brasilidade na coisa, mas eles estão na batalha e já mostraram para o que vieram.

A terceira luta era de um lutador que eu já admirava, Mario Boy, e após conhece-lo passei a admira-lo mais ainda, o cara é divertidaço, simpático e um excelente lutador, embora eu preferisse o Mario do bem, ele encarnou um bom vilão. Seu adversário kkkk, eu nunca tinha parado para prestar a devida atenção, mas luta demais, e tem uma química incrível com o Mario.

Golpes aéreos, Mario Boy mexendo com público, levantando a platéia e kkkkkk fazendo o que o público queria, batendo em Mario, que quando mostrava suas técnicas, algumas vezes sujas, provava ser um dos grandes lutadores do cenário nacional, sou fanzaço do Mario desde os campeões do Ringue da Record, e fiquei mais ainda.


Mario Boy em ação.

A próxima luta seria uma das que eu sabia que não iria me conter, de um lado o herói Bob Jr e de outro, e de outro...Cara, do outro lado estava o Nocautes Jack, um cara que da calafrios só de encara-lo e que é um ser humano profissional e um grande pai de família fora dos ringues, coisas que ouvi da boca de sua belíssima família.

Falando em família, a esposa do Bob é uma pessoa admirável e não é difícil de entender o porque de ele estar feliz ao lado dela, é uma mulher dedicada, que apóia o marido e trabalha...E como trabalha, para fazer a Luta Livre acontecer.

Renato Dias é o velho e bom gentleman, um grande narrador de luta livre, o maior que o Brasil já viu...Com todo o respeito, o Jarbas Duarte deveria passar por um intensivo ao lado do Renato, para saber como apresentar um programa de luta livre do jeito que o Brasileiro gosta.

A luta? Bem, Bob Jr pura técnica, dedicação e em forma enfrenta um cara, que a história dara os devidos créditos num futuro próximo, Nocaute Jack, um de meus lutadores prediletos, é um dos maiores vilões de todos os tempos da Luta Livre, vilões nacionais como Aquiles e Nocaute, tiveram poucos, e é bom vê-lo lutando.

Bem, não vou me estender, pois ai não teria a necessidade de vocês verem o filme, quando ele estiver pronto, mas garanto, foram um bocado de belíssimas imagens que me deram tanto orgulho, mas tanto orgulho que já não vejo a hora de voltar a batente.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Isso é sério mesmo?


Estamos sem “O Cavaleiro das Trevas” no Oscar 2009, mesmo com a indicação de Heath Ledger e seu fabuloso Coringa na categoria de ator coadjuvante, praticamente ganha, é injustificável como um filme do porte dessa nova incursão do cineasta Christopher Nolan no universo do homem morcego, tenha sido simplesmente ignorado...

Por ser um filme pipoca?

Bem, não acredito, pois a terceira parte do irritante “Senhor dos Anéis” foi vencedora, e é um exemplo de filme pipoca.

Mas o que não dá para entender é o que “O Leitor” está fazendo lá, tudo está muito surreal nessas indicações, ignoraram o trabalho do Darren Aronofski no excelente “The Wrestler”, mas indicaram “Mickey Rourkey” como melhor ator, uma compensação? Que critério absurdo...Revoltante!

A verdade é que já não tenho mais o mesmo saco para acompanhar a hipocrisia vinda do país dos “remakes”, e ando me concentrando em coisas cada vez mais distantes de lá, mas porra...Fico feliz pela grande chance de David Fincher e seu “O Curioso Caso de Benjamin Bunton”, pois o cara é um baita cineasta...Mas deixar o grande filme de 2008 de fora da disputa pelos prêmios principais, é no mínimo ridículo.

Ponto final!