sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Até que enfim vi Henry Fool!




Ver filme bom é algo complicado no Brasil, dificilmente achamos alguma coisa em vídeo-locadoras, e acompanhar as sessões de mostras é algo extremamente difícil, principalmente que em época de mostras grandes, tem tanta coisa para se assistir que você escolhe por prioridades e geralmente pelo que se encaixa melhor no seu horário. Um desses filmes que a gente perde e promete um dia assistir pude ver calmamente ontem: ?Henry Fool? do Hal Hartley (numa copia não muito boa), e como gosto desse cineasta, ele sabe narrar uma historia simples como poucos e com coisas corriqueiras ele desenvolve uma ação que te prende do começo ao fim, é um cineasta inteligente e que extrai muito dos seus temas. A sinopse é básica: um homem misterioso chamado Henry Fool e que escreve suas memórias, loca o porão da casa dos Grim, a partir daí sua influência se estende, desperta o poeta existente no retraído Simon, transa com a mãe doente do pobre garoto e seduz a irmã do mesmo, a vadia Fay. Quem é esse homem? Quais são seus segredos? O que ele escreve? Hal Hartley desenvolve tais temas e muito mais, seu discurso é muito pessoal, a versão e o fato é algo desenvolvido de forma magistral, e a forma como ele analisa o caráter humano é algo único, Henry é um grande homem ou não? O que seria um grande homem? São discussões que ele trata com clareza, por ser um grande cineasta e isso ele é, um grande cineasta...Além de um belo psicólogo!

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