sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Um mar de clichês...Mas tá valendo!


Quando lá por idos de 2003 o diretor Chris Kentis, escreveu e dirigiu por meros 500 mil doletas o longa Mar Aberto (Open Water), a sinopse simplória me chamou a atenção e principalmente o fato de o filme ter sido totalmente concebido por filmadoras digitais me instigou a vê-lo, e diabos! O filme era bom pacas, o clima tenso e angustiante me fez ficar grudado na poltrona durante uma hora e vinte minutos, nascia ali um filme que na minha opinião tornaria-se um cult movie com o tempo, acho que não estava tão errado.

Portanto quando fiquei sabendo que um tal de Hans Horn foi o responsável por uma suposta seqüência, digo suposta, pois me parece que o filme era uma historia autônoma, mas que os distribuidores estadunidenses decidiram por transformá-lo em uma espécie de seqüência, esperava pelo pior, portanto fui assistir a Pânico em Alto Mar (Open Water 2: Adrift) com uma baixa expectativa.

E não é que quebrei a cara? Se o filme não é uma obra prima e nem um possível cult como o primeiro (!?), ele se sai uma ótima e desesperadora diversão, para se ver numa tarde chuvosa, comendo uma pipoquinha, tomando uma cerveja e depois do fim partir para outra.

A historia é em seu conceito básico, uma releitura do outro filme, simplória, mas funcional e lógico, com muito mais vitimas potenciais, já que no primeiro tínhamos apenas um casal que era esquecido em alto mar. A trama é essa: ex-amigos de faculdade reúnem-se em um iate para se divertir, mas quando um engraçadinho pula no mar com a ultima passageira (E todos já estavam em alto mar) e esquece de puxar a escada, o medo está instalado já que todos estão em mar aberto e um possível resgate com certeza ira demorar um bocado.

A partir daí é desespero atrás de desespero, um bebe, filho de uma das mulheres está sozinho no iate, eles não conseguem subir por nada e tentam de tudo, confrontos começam a surgir, pessoas em pânico, acidentes, enfim tudo que não era para acontecer acontece e isso num mar de clichês que envolve até traumas do passado. Os atores são amadores, mas seguram as pontas, e o desespero da mãe ajuda no clima tenso e angustiante.

Enfim, clichês, personagens profundos como um pires, roteiro bem simples e nada de trilha sonora, amarrados competentemente pelas mãos de Hans que tenta criar algumas belas cenas vez ou outra, e consegue manter muito bem o suspense, fazem do filme uma excelente e rápida diversão...

Nota: 6 de 10

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