sábado, 19 de janeiro de 2008

André Matos – Time to Be Free


André Matos tem um ego maior do que qualquer projeto que ele tenha se envolvido? A resposta é mais que fácil: sim!

É uma delicia odiar André Matos? Infelizmente a resposta é sim, mas a verdade é que é impossível passarmos incólumes por tudo que ele produziu durante sua longa e competente carreira, antes de qualquer coisa o senhor Matos é um cara de visão, ficou no Angra até perceber que seu ciclo na mesma chegara ao fim, assim como aconteceu no Shaaman (e possivelmente no Viper), e líder como poucos juntou uma moçada de qualidade (inclua-se os irmãos Mariutti nessa), e decidiu que era hora de seguir sozinho pelas belas e árduas estradas do Rock and Roll.

Vi seu primeiro show solo no Live n’ louder 2, sem muita vontade confesso, mas ver André arrebentando nos vocais em musicas do Shaaman, Angra, Viper foi fenomenal (teve uma das novas para testar) e o clímax com cover de Ozzy e Carry on foi para mostrar: “André Matos está na ativa baby, gostem de mim ou não vocês terão que me engolir!”.

Enquanto o Angra ruía e o Shaaman tentava dar uma de Jason voltando da morte, e quer saber? Nem sei em que pé está o Shaaman, mas quero mais informações sobre, para tanto prometo comprar o disco, mas voltando ao assunto principal...

Nesse ínterim em que essas grandes bandas de Heavy Metal (melódico) brasileiras tentavam a todo o custo buscar uma estrutura, André vinham dando forma ao seu trabalho solo Time To Be Free, letras que falavam de recomeço e tal, uma sonoridade mais direta, buscar uma contemporaneidade (que seu jovem amigo Tobias Sammet já encontrou tanto com o Edguy, quanto com o Avantasia 3), esperar foi duro, mas toda essa espera foi até certo ponto recompensada, e como...

Time To Be Free é excelente e nos mostra que André não está morto não, pelo contrario, está bem vivo e fazendo um heavy de qualidade e sem as amarras de gênero que está fodendo aos poucos as bandas que citei acima. A intenção do dito cujo é fazer um álbum cabeça, de qualidade, e que seja heavy seco, mas mantendo as características de todos os seus outros trabalhos.

E não é para menos que após a intro Menuett, Letting Go já surja como clássico e possivelmente destruirá nos shows, refrão maravilhosamente bem construído, belas linhas de guitarras, uma bateria monstruosa do prodígio Eloy Casagrande de apenas 16 anos e um baixo como sempre competente, no meio de todo esse colosso ainda temos o recheio: a voz destruidora, arrasadora, que veio sendo lapidada por muitos anos pelo excelente vocalista que é André Matos.

A seguinte Rio é comedida, mas daí para frente surgem diversos clássicos instantâneos: Looking Back, Face the end, Time to be Free, e até uma cover de Separate Ways do Journey, e muitas outras musicas interessantíssimas, a verdade é que André é um cara talentoso, exigente consigo mesmo, e não se cansa de cravar o seu nome na historia do rock nacional e mundial, é um disco que nos faz esquecer as ultimas bobagens do Angra e aquela coisa freak chamada Almah de um tal de...hummm...Não me lembro direito o nome...Ahhhhhhhhhh...André Falaschi, Não? Hummm, deixa eu ver...Edu? Pode ser?


Nota: 9,5 de 10 (Pelo deslize com a "basicona" Rio).

Nenhum comentário: